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Como começar a monetizar suas APIs

Você gastou horas incontáveis trabalhando na sua nova API. Seguiu todos os padrões e boas práticas. Você ouviu opiniões de outros desenvolvedores e dos usuários de sua aplicação. Foi altamente cuidadoso ao incluir as configurações necessárias. A única coisa que você ainda não descobriu foi como fazer dinheiro com sua API!

Primeiramente: você precisa descobrir o que você pode cobrar e quem deve pagar pelo uso da API. Hoje existem dezenas de formas diferentes de monetizar e hoje vamos mostrar aqui três das que dão maiores chances de retorno.

Uso gratuito de API com receita baseada em planos existentes

Com este modelo, acessar a API é completamente grátis. O objetivo dessa abordagem é fazer os usuários finais consumirem mais recursos do seu app que estão atrelados à planos específicos. Ao consumir mais recursos, usuários são movidos a um plano mais elevado ou para algum que seja pago, caso você ofereça um plano gratuito.

Esse provavelmente é o modelo mais fácil de implementar porque você não precisa escrever nenhuma linha de código ou fazer algo específico. Ao oferecer acesso gratuito à API, você está encorajando desenvolvedores a construir apps e integrações em cima de sua API. Assim você faz com que a API seja um caminho para que consumam certas ferramentas da sua aplicação. Um bom exemplo é o Dropbox que permite o uso gratuito de sua API. Ao fazer isso, o serviço de cloud encoraja os usuários a consumirem mais espaço de armazenamento e a eventualmente acabarem se inscrevendo em um plano pago.

O resultado deste modelo é que usuários provavelmente usarão suas aplicações com maior frequência e de formas mais sofisticadas. Eles terão diversas maneiras de interagir com as ferramentas de seu app ao usarem qualquer app terceiro ou integração. Consequentemente, ficarão mais engajados com seu app e posteriormente encontrarão a necessidade de migrar para um plano pago que suporte seu modo de uso.

Cobre desenvolvedores por acesso

Outro método de monetização que você deve considerar é o preço de forma independente a sua API. Existem várias formas de fazer isso e cobrar os desenvolvedores. Recomendamos a abordagem de pagamento conforme o uso ao invés de oferecer planos baseados em limites.

Com essa estratégia, desenvolvedores vão pagar somente por aquilo que usam, então sua receita será mais relacionada aos seus custos. Isso requer um senso de confiança entre você e o desenvolvedor porque não há pagamento adiantado. Existe uma forma de mitigar o risco de alguns clientes não pagarem depois de terem consumido seus recursos. Você pode implementar um limite de uso que é ativado quando o cliente não paga por um determinado período. Se o uso de API chega a esse limite, ele não poderá realizar mais nenhuma chamada até pagar todo o uso anterior.

Cobrar desenvolvedores só fará sentido se você está oferecendo um produto centrado em APIs. Do contrário, desenvolvedores não vão achar uma boa desculpa para conectar com sua API. Um exemplo que segue esse modelo é a Contentful: a empresa oferece gerenciamento de conteúdo através de API. Eles disponibilizam diversos planos com limites de uso associados que medem e cobram de acordo.

Cobre usuários finais pelo acesso à API

Outra forma de monetizar sua API é tratá-la como qualquer outra app feature que você pode ligar ou desligar para usuários individuais.  O próprio uso de API é incorporado aos seus planos de pagamento e apenas determinados usuários – aqueles que estão pagando um plano que inclui a API – serão capazes de acessá-la. Essa é provavelmente a melhor forma de medir o impacto direto de sua API em sua estratégia de monetização. Salesforce é um bom exemplo de app seguindo esse modelo. Eles não oferecem acesso à API como uma feature individual, mas o inclui em alguns de seus planos mais caros. De qualquer forma, os usuários finais precisam escolher – e pagar – para ter acesso.

 

Adaptado de Nordic APIs

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