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Open Banking e APIs: entenda o atual cenário

A revolução open banking começou em 2004 quando o PayPal lançou a PayPal API. Já em 2011, o Credit Agricole se tornou um dos primeiros bancos no mundo a disponibilizar um SDK e uma loja de apps para que desenvolvedores terceiros pudessem construir novos apps mobile com o objetivo de ajudar consumidores a administrar melhor suas finanças. E em 2013, foi estimado que 75% dos grandes bancos globais iriam lançar até 2016 uma web API pública. É fato: open banking está se tornando mainstream.

Open banking é a criação de novos modelos de negócios por ecossistemas internos e externos. Sua premissa é a de que o valor da criação para a vir significativamente menos da posse e mais do compartilhamento, fornecendo e alavancando ativos chave. Open banking usa APIs para tornar disponível no ecossistema de consumidores, funcionários, desenvolvedores terceiros, fintech, varejo e outros parceiros serviços como algoritmos, dados, processos e outras funcionalidades do negócio.

Abaixo, quatro razões pelas quais open banking vai se tornar mainstream em 2016:

  • Prioridades de negócios de CEOs – APIs habilitam muitas das principais prioridades de negócios, inclusive aumento de receita, eficiência, experiência de usuário e gerenciamento de talentos.
  • Transformação digital para bancos – APIs são o elemento chave da transformação digital em bancos porque são um novo canal pelo qual é possível engajar novos ecossistemas de parceiros internos e externos.
  • Pressão competitiva – Empresas fintech estão usando agressivamente APIs para habilitar a transformação digital e muitos bancos estão começando a utilizá-las de forma semelhante.
  • Pressão regulatória – Mudanças regulatórias redesenham indústrias ao redefinir as regras da competição. PSD2 requer que bancos forneçam acessos mandatórios a contas de clientes para terceiros regulados e deve ser transposto pelos estados membros da União Europeia em lei nacional até dia 18 de janeiro de 2018. Já o HM Treasury no Reino Unido chamou atenção para a criação de padrões de open banking a fim de facilitar para consumidores o compartilhamento e o uso de dados financeiros.

Segurança, normas regulatórias e risco de reputação permanecem como enormes desafios para bancos conforme se tornam mais abertos. CIOs estão adaptando governança, criando processos de curadoria, mudando estruturas organizacionais e tomando outras ações para atender a esses desafios. Entretanto, o maior desafio é a cultura. A indústria bancária focou-se apenas em fazer dinheiro em cima de dinheiro desde que a indústria nasceu. Mas está ficando cada vez mais difícil para bancos permanecer somente com essa premissa.

Open banking trata-se de colocar tudo à venda, o que significa usar diversos recursos para gerar estratégias de monetização. E isso fomenta novas formas de aumentar receita digital para bancos que estão querendo pensar diferente sobre o que significa ser de fato um banco e qual o seu papel atual. Bancos abertos e fintechs vão continuar a ampliar margens e novas relações com clientes para esses bancos que não se apressarem a abraçar o mundo digital.

Traduzido de ProgrammableWeb

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