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Uma Breve História das APIs com a Pluga

A Pluga permite que você faça integrações incríveis entre ferramentas web, sem escrever uma linha de código. Tudo isso é possível graças ao que chamamos de “​O Poder das APIs​ ”.

Mas, afinal de contas, o que são APIs?

O Conceito 

O conceito de API existe desde os primórdios da computação. Mas neste artigo iremos falar apenas das web APIs​, que é a forma como chamamos os recursos disponibilizados por aplicações web através do protocolo ​HTTP​ .

Essas mensagens estão, em sua maioria, estruturadas em formatos XML ou JSON no padrão RESTful​. Para entender um pouco mais da parte técnica, você pode dar uma olhada nesse ​vídeo do Ben Bjurstrom​.

Oficialmente o termo API RESTful apareceu pela primeira vez na tese de doutorado de Roy Fieldings chamada de “Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures“, publicada em 2000 pela Universidade da Califórnia. Ali foram descritos os primeiros conceitos sobre APIRESTful e muitos são utilizados até hoje.

Salesforce e o primeiro caso real de sucesso 

Porém, na prática, o nascimento da API foi durante o evento IDG Demo 2000, quando o Salesforce, software de CRM, lançou sua primeira API em 7 de Fevereiro de 2000 feita em XML.

A Salesforce identificou a necessidade de seus clientes em compartilhar dados através de diferentes aplicações que usavam e a API foi o caminho para isso acontecer.

Marc R. Benioff, chairman e fundador da Salesforce à época, afirmou “Salesforce.com é a primeira solução que realmente aproveita a Internet para oferecer uma funcionalidade de software à nível empresarial por apenas uma fração do custo.”

Até hoje, muitos dos conceitos e práticas adotadas no desenvolvimento da API do Salesforce são amplamente utilizadas e sua API continua sendo uma referência das melhores práticas à serem seguidas, sempre se modernizando.

eBay Developer Program 

Pouco mais tarde, em 20 de Novembro de 2000, o eBay lançou sua API. Com o famoso “​eBayDeveloper Program​”, trouxeram a tecnologia das APIs para o segmento de e-commerce, revolucionando todo o mercado.

“Nossa nova API possui um tremendo potencial para revolucionar a forma como as pessoas fazem negócios no eBay e aumentar a quantidade de vendas que realizamos no site, fornecendo as ferramentas que os desenvolvedores precisam para criar aplicações baseadas na tecnologia eBay.”

O desenvolvimento da API teve como objetivo padronizar como essas aplicações deveriam ser integradas com o eBay, tornando-o mais fácil para os parceiros e desenvolvedores. O que contribuiu para a construção de uma enorme quantidade de negócios secundários a partir do ecossistema do eBay, que atuava, praticamente, como um Hub.

Amazon Web Services

Um pouco depois, em 16 de Julho de 2002, a Amazon também lançou sua API que permitiu a outros desenvolvedores adicionarem conteúdo e funcionalidades da Amazon em seus próprios sites.

Contudo, apesar de todo o desenvolvimento tecnológico, o mundos das APIs ainda não tinha vivenciado seu “momentum​”, que aconteceu com a chegada das aplicações sociais à elas.

O “Boom” das APIs 

Em Agosto de 2004, seis meses após o lançamento da plataforma, a API do Flickr era liberada.

O lançamento da sua API fez com que o Flickr crescesse rapidamente, consolidando a empresa como a plataforma preferida pelos blogueiros da época. Esse ritmo de crescimento acelerado abriu os olhos do mercado para o que estava acontecendo e, menos de um ano pós o lançamento da API, o Flickr foi adquirido pelo Yahoo por algo em torno de 25 milhões de dólares.

Exatos dois anos após o sucesso do Flickr, em 15 de Agosto de 2006, a tão esperada API do Facebook era lançada. Apesar de a primeira versão permitir apenas acesso aos amigos, eventos, fotos e perfil, foi um grande diferencial para a empresa, permitindo que o Facebook ganhasse sua disputa com o MySpace pelo posto de rede social número 1 nos EUA.

Um pouco mais tarde neste mesmo ano, foi a vez do Twitter disponibilizar sua API, que também foi muito importante para seu crescimento e possibilitou que diversos sites fossem criados em cima dessa API.

O lançamento das API do Facebook e Twitter, além de ajudar essas empresas a aumentarem sua influência e conseguirem mais usuários, criou o “​buzz​” necessário para que outras empresas começassem a olhar as APIs com mais carinho.

Amazon S3 e a revolução na infraestrutura das empresas 

Em março de 2006 algo aconteceu. A Amazon apresentava ao mundo sua API focada no armazenamento de dados, o Amazon S3 e, seis meses depois lançou o Amazon EC2, permitindo que toda a infraestrutura de uma empresa de tecnologia pudesse ser criada via API.

Sua API foi tão bem estruturada que durante os três primeiros anos a Amazon não tinha sequer um “dashboard” para o usuário, afinal toda a criação da infraestrutura era tão simples que podia ser feita através de sua API.

Esse era o momento em que todos os ingredientes estavam disponíveis para que as APIs pudessem fazer sua revolução na Internet.

Uma nova economia estava surgindo 

Em 2009, com o crescimento do interesse em computação na nuvem, o mobile ganhavam força e vários aplicativos começaram a surgir.

Em março deste ano, durante a South by Southwest (SXSW) – um dos mais importantes eventos de tecnologia do mundo – era lançado o Foursquare. Um aplicativo baseado em geolocalização que permitia aos usuários realizarem ‘check-in’ nos locais que frequentavam como pontos turísticos, cafeterias, restaurantes, etc.

Esse novo tipo de aplicação mobile permitiu que novos modelos de negócios fossem criados, dando o ponta-pé inicial no que hoje conhecemos como ​ Economia das API​s.

Recentemente outra aplicação mobile ajudou ainda mais na popularização das APIs. Lançado em 2010, o Instagram conseguiu conquistar 10 milhões de usuários no seu primeiro ano de operação .

O Instagram se tornou tão popular que alguns desenvolvedores criaram suas próprias APIs não-oficiais, forçando o Instagram a lançar sua versão oficial pouco tempo depois.

Com a expansão dos aplicativos mobile, o poder das APIs se popularizou e várias empresas começaram a disponibilizar suas APIs para quase tudo. Até mesmo alguns governos aderiram ao movimento criando interfaces próprias.

Hoje existem APIs para quase todo tipo de funcionalidade. E muitas novas surgem a cada dia criando um ambiente rico e complexo que pode ser explorado por novas empresas, facilitando a criação de novos serviços e modelos de negócios.

Por Arthur Granado, CTO da Pluga 

Fontes: API Evangelist

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